quarta-feira, 10 de abril de 2013

Orgulho (e respeito) da calcinha




Desde pequena quando nem imaginava o que era ser feminista eu já tinha uma ideia “Girl Power” desse mundo, e já questionava (e até uma maneira chata) porque dos conceitos de menino pode e eu não, e mesmo com os meus 3, 4 anos ficava irada ao ver e ouvir algumas coisas como: “você tem que usar rosa”, “veste uma blusa”, “porque essa roupa solta?” e outras bobagens desse nível.
Hoje percebo que ao invés de melhorar, tudo vem piorando, você é julgada pelo tamanho da roupa que usa, da maquiagem que faz, como e com quem e quantas pessoas se envolve, pela forma de se expressar e impor sua opinião, e o mais triste disto tudo é ver que muitas mulheres tornam-se submissas do machismo e são machistas, apontam outras como se tivessem um pênis no meio das pernas e mostrando (pseudo) defeitos de caráter no ser o que se é de verdade. O que lamento é saber que uma mulher ao se mostrar forte, politicamente engajada, de conceitos firmes é taxada de radical, e nos chamam de feministas como se isso fosse um xingamento, fico com dó de um ser que ao me tratar assim pensa que me torna menos que ele(a), e sem esquecer das lésbicas, que ao se assumirem a grande massa as vê e denota como doentes, e se forem intelectualizadas só piora: “tão inteligente e é sapatão” (com o perdão da expressão), ou mesmo se caracterizadas por beleza: “tão linda e gosta de mulher, que desperdício”, amigos, o que os levam a crer que para ter uma opção sexual diferente temos de ser feias, e isso imposto por um padrão de beleza que não corresponde com a grande parte de nós, ou mesmo burras, sem noção de informação global, política, economia e social em si?(!)
Quando ainda criança achava um absurdo – e ainda acho – o uso do sutiã, e me perguntava onde haviam escrito que para ser uma adulta de respeito eu deveria usar essa peça, e porque eu não poderia andar sem camisa, e o ponto que mostraria o desrespeito em mostrar meu corpo, afinal ele era meu e ninguém deveria se meter no que quero vestir ou exibir. Dentro dessa questão me causa um choque eterno é a maneira como alguns homens enxergam o direito de abusar verbalmente e sexualmente de toda e qualquer mulher, e por motivos variados, seja pela roupa, pelo que faz, fala... porém quando se é alguém das suas famílias eles as veem de uma forma diferente, seres imaculados e que devem ser protegidas, ora, quando algumas cabeças masculinas e machistas vão nos perceber como iguais?
O orgulho que carrego está SIM dentro da minha calcinha, e o respeito também, e não há de ser a minha genitália que vai lhe dar o direito de falar e julgar o que sou ou como deveria ser. E quem sabe um dia ‘calcinhas e cuecas’ vão se misturar como semelhantes?

domingo, 7 de abril de 2013

Se o dinheiro não existisse? (Onde eu estaria? O que eu faria?)


Depois de assistir esse vídeo fiquei pensativa e reflexiva (lê-se pseudo frustração), eu sou apaixonada pelo curso que faço, o direito me mostrou um lado meu que eu nem imaginava que existia, e fiquei decepcionada por um lado, quando tinha 15 anos sonhava em fazer moda, pintar, e também escrever, mantive como hobbie essas atividades durante um tempo, e até poucos anos atrás ainda tinha uma "esperança" em viver desta forma, mas as pressões da vida adulta me fizeram desistir de alguns sonhos, ideais, e é a noite, naqueles pensamentos que irritam antes do sono que vejo tudo que tenho feito, se é isso que quero, e como vou estar daqui uns 20 anos, e se a felicidade vai fazer parte do meu cotidiano, e a satisfação pessoal através do profissional... Vou esperar mais algum tempo e ver os reflexos das minhas decisões!