sábado, 16 de março de 2013

Um amado não resolvido


Quando eu tinha 15 anos acreditava no amor jovial e eterno, e quando encontrei o cara que me fez pensar em casar e ter filhos nada foi como pensava ser ... foi tudo tão rápido, um fechar de olhos, o beijo e junto dele veio o "ADEUS", e naquele momento como diz Clarice Falcão: "eu queria me atirar do 8º andar", e depois continuei na ilusão daquele amor mal resolvido da adolescência, e o pior, continuei levando ele nos meus sonhos e pensamentos até hoje, estou com 22 anos, tentei colocar outros em seu lugar ... nunca consegui. Me apaixonei outras 5.000 vezes, mas aquele amor chatinho insistia, insistia, me cutucava todas as noites antes de dormir. Nesses tempos modernos, de loucos e rápidos amores, de mensagens breves, ele me ligava: "Oi, você tá bem?", parecia saber que ainda o sentimento ali estava, ou em meus e-mails sempre um alô ... e me provocava como se ainda estivéssemos naquele setembro chuvoso na beira da praia trocando o primeiro olhar, e eu com as bochechas rosadas de vergonha, as mãos geladas, e recordo dos braços quentes me abraçando enquanto eu sentia frio, o gosto do beijo, e aqueles lindos olhos claros me encarando em um breve minuto de silêncio. Todos os dias me pergunto porque não o tiro de dentro do coração, ele que hoje me chama de "amiga", nem imagina que a cada palavra, e em todos esses anos nada morreu, e é com o seu rosto que sonho, e na minha família perfeita eu o quero ... pai dos meus filhos, o homem da minha vida, o beijo que eu não esqueci, os olhos aos quais ainda vejo brilhar nas minhas melhores lembranças. A dor que esse amor me causou foi e é a pior que eu já senti, nunca pude imaginar uma paixão assim, me levou pro fundo do poço, e por muitas vezes ainda me enxergo lá, em um canto frio, molhado, e a saída tão longe dos olhos e da alma! Eu espero, espero de verdade que te esqueça, te tire de tudo que eu faço, e um dia quem sabe eu AME alguém um "tantinho" do que eu amo você, e alguém que sinta metade do que eu senti.

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